Jerónimo de Sousa aposta na reconquista do Barreiro
O líder do PCP foi ao antigo bastião comunista fazer, mais uma vez, fortes criticas ao Governo
Se um ministro do Governo PS fosse inaugurar alguma obra no Barreiro em período de campanha, seria “vaiado pela população e iria comprometer a própria candidatura socialista’ no concelho. O aviso foi de Jerónimo de Sousa durante o comício/festa que reuniu, na noite de quarta-feira, perto de meio milhar de pessoas no Barreiro, um concelho onde a CDU aposta na reconquistada câmara. Nas últimas autárquicas, o PS de Emídio Xavier venceu por escassos 384 votos e agora, com Carlos Humberto, OS comunistas estão convictos de que, no próximo dia 9 de Outubro, será cantada vitória naquela mesma Praça São Francisco Xavier.
O candidato da CDU lembrou as “promessas não cumpridas” escusou o actual presidente de “gastar dinheiro da autarquia” em outdoors institucionais junto dos cartazes da oposição, “em proveito do seu próprio partido” - E referiu o Auditório Augusto Cabrita como exemplo de um projecto do qual o PS “sempre discordou” e que agora apresenta como obra do mandato. “Tenham vergonha, Não tiveram pedalada para cumprir os mundos e fundos que prometeram e por isso merecem perder estas eleições”, disse Carlos Humberto.
Que vai bater se pela construção da ponte rodo ferroviária Barreiro-Cheias, pelo prolongamento da linha do Metro Sul do Tejo ate ao Barreiro e pela dinamização do parque empresarial da Quimiparque.
Pedro Canário foi mais longe nas acusações aos socialistas. Afirmando que “nem os mentirosos mentem tanto”. O ex. presidente comunista do Barreiro e actual mandatário da candidatura referia-se às piscinas municipais, ao hotel, a marina e ao passe social para idosos como promessas eleitorais que ficaram por cumprir. “O PS venceu ao fim de muitos anos de calúnias, de boatos e do intoxicação”, disse Pedro Canário, acusando ainda Emídio Xavier de “autoritarismo, falta de classe e de cultura democrática”, por ter retirado pelouros aos vereadores da CDU, quando estes votaram contra o orçamento. Tal “não aconteceu”, lembrou, quando o P5 era oposição.
A presença do secretário-geral do PCP foi um sinal da confiança na vitória no Barreiro, onde a equipa é “jovem, coem e dinâmica”. O mesmo acontece no resto do país, frisou Jerónimo de Sousa. “Em 45 mil candidatos, nove mil são jovens com menos de 30 anos.” (35 temas nacionais também marcaram o discurso do líder do -PCP, para quem o Orçamento do Estado para 2006 vai exigir sacrifícios “aos mesmos do costume e beneficiar os grandes grupos económicos”. O Governo PS, acusou Jerónimo de Sousa, promove a “mais violenta ofensiva contra os direitos dos trabalhadores”, o que tem conduzido a urna “profunda indignação dos juízes, militares, professores, enfermeiros e funcionários judiciais”. •
Cláudia Veloso
In publico de dia 23/9/2005
segunda-feira, setembro 26, 2005
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